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Amazonas

Apoiado pelo Governo do Amazonas, estudo investigou a utilização de alternativas ecológicas e sustentáveis para substituição do plástico

22 de abril de 2025
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A pesquisa foi apoiada pelo Programa Profix-RH, da Fapeam

Fotos: Divulgação/Acervo Lais Gonçalves da Costa BroccoUma placa resistente feita de fibras vegetais e resina biodegradável, que pode substituir o plástico tradicional em móveis, embalagens ou até mesmo peças estruturais, sendo mais sustentável e menos poluente. Esse é um dos benefícios do uso de biocompósitos, objeto de de pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que permitiu o aproveitamento de resíduos agroflorestais.

Amparado pela Fapeam no âmbito do Programa de Fixação de Recursos Humanos para o Interior do Estado: Mestres e Doutores por Calha de Rio (Profix-RH), o estudo “Produção de biocompósitos a partir de resíduos agroflorestais amazônicos e fungos lignocelulolíticos, foi coordenado pela professora e doutora em Ciências Florestais, Lais Gonçalves da Costa Brocco, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), campus Itacoatiara (distante a 176 km da capital).

A pesquisadora explica que os biocompósitos são materiais feitos a partir da combinação de uma matriz (geralmente um polímero, que pode ser natural ou sintético), com reforços de origem biológica, como fibras vegetais, resíduos agroindustriais ou até mesmo fungos.

Para a composição do substrato ou a chamada “terra preparada”, que consiste em um material que dá suporte e nutrientes às plantas, permitindo o seu crescimento, o estudo utilizou três tipos de resíduos agroflorestais, sendo eles: serragem da madeira de tauari (Cariniana micrantha), fibra da folha (coroa) do abacaxi (Ananas sp.) e cacho do açaí (Euterpe sp.).

Outro ingrediente utilizado na composição foi uma variedade de fungos lignocelulolíticos, que são aqueles especializados na degradação de celulose, hemicelulose e lignina, componentes essenciais das paredes celulares das plantas, como da madeira e das folhas. Os biocompósitos miceliais foram feitos com os seguintes: Pycnoporus sanguineus, Irpex lacteus, Trametes versicolor e Pleurotus ostreatus.

“Durante a produção dos biocompósitos, observamos que o substrato com 100% de resíduos fibrosos do abacaxi e inoculado com o fungo P. ostreatus, desenvolveu-se de forma satisfatória, sendo possível obter um biocompósito com boa agregação e mais homogêneo”, explicou Lais Brocco.

A engenheira florestal complementa que o mesmo ocorreu com a mistura de substrato de 50% resíduos fibrosos de açaí e 50% resíduos fibrosos do abacaxi. No entanto, o estudo também analisou que alguns fungos não foram capazes de se desenvolverem em determinados substratos, devido a contaminações relacionados ao tipo de substrato e a capacidade dos fungos crescerem.

“A partir do desenvolvimento desta pesquisa foi possível conhecer o potencial de resíduos agroflorestais amazônicos e seu melhor aproveitamento para a produção dos biocompósitos”, salientou a pesquisadora.

O aproveitamento de resíduos agroflorestais, que antes seriam descartados, e o conhecimento do potencial de substituição do uso dos materiais poliméricos sintéticos (plásticos) obtidos a partir de recursos não renováveis (petróleo, carvão mineral e gás natural) por materiais alternativos são outros benefícios da utilização de biocompósitos pela sociedade em geral.

E ainda averiguou a avaliação das propriedades tecnológicas dos biocompósitos, onde os resultados dos ensaios físicos e biológicos indicaram de forma geral, que os biocompósitos produzidos com resíduos de açaí e os fungos P. ostreatus e T. versicolor apresentaram os menores valores de inchamento, absorção de água e maior resistência ao apodrecimento

Apoio da Fapeam

O Profix-RH, Edital nº 009/2021, elegeu propostas para concessão de quotas de bolsas e auxílio financeiro visando a atração e fixação de mestres e doutores para atuarem no interior do Amazonas por meio do desenvolvimento de projeto de pesquisa, tecnologia ou inovação, em Instituições de Ensino Superior e/ou Pesquisa, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, para a promoção do desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) com vistas ao impacto social e econômico da região.

“A Fapeam desempenhou um papel fundamental na viabilização do projeto. Além do suporte financeiro, a Fundação contribui diretamente para a disseminação do conhecimento científico, incentivando a inovação e o desenvolvimento sustentável na região amazônica”, afirmou Lais Brocco sobre a importância da Fapeam.

Os resultados da pesquisa podem ser utilizados para a criação de um biocompósito com valor comercial e também para orientar futuras pesquisas locais e iniciativas comerciais para o desenvolvimento de materiais construtivos, embalagens e outros produtos com o biomaterial desenvolvido.

Assuntos Agência Amazonas, Governo do Amazonas, Governo Wilson Lima, SECOM
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